É preciso imaginar o que era o Brasil no século XVI, para ter uma ideia do que poderia significar a literatura transplantada de Portugal. A poesia religiosa é nele marcada pelas tensões do pecado, enquanto o lirismo amoroso entra pela idealização petrarquiana e camoniana, por meio de uma linguagem na qual os recursos que na sátira serviam para efeitos cômicos se tornam veículos de uma comovente pesquisa da alma e do sentimento.