Muitas vezes é dito que é difícil despertar uma pessoa que está fingindo dormir. Assim é o processo de educar os educados.
A síndrome do “eu sei” com muitas das pessoas educadas é muitas vezes o maior inibidor de sua aprendizagem posterior e é um reflexo de sua atitude inflexível baseada em um ego comparativo. Portanto, o desafio de treinar ou educar essa classe de pessoas certamente garante um entendimento especial, estratégias e diplomacia. Deve-se, possivelmente, começar com um exercício de construção de energia positiva que indiretamente os levará a perceber a existência de sua insuficiência e a urgência de aumentar seus pontos fortes e competências.
Em alguns outros casos, “o Desamparo Aprendido” desses indivíduos confere-lhes auto piedade, baixa autoestima e medo do desconhecido, bloqueando assim os caminhos para continuar aprendendo e crescendo. É realmente um desafio restaurá-los dessa prisão psicológica e fazê-los perceber as possibilidades ilimitadas para seu crescimento e desenvolvimento.
O medo de desaprender e reaprender também atua como uma força retardadora para lidar com a mudança. Muitas vezes, eles culpam seu ambiente e as novas dimensões dos padrões de pensamento como “agressão comercial” para fazer dinheiro rápido em um comércio, negócio ou indústria e como um esporte calculado para preparar autorização de concessão para os poucos escolhidos com quem eles queriam parte.
Os formuladores de políticas de RH e gerentes precisam entender que os conceitos de neuro-plasticidade explicam a competência de um cérebro humano para a aprendizagem contínua e estendida. Idade, experiência e conhecimentos prévios não são obstáculos para a aprendizagem. O que parece ser importante é a atitude em relação à mudança e aceitação da mudança. Às vezes, quando algumas pessoas experientes fazem uma declaração de que “é difícil esquecer o que aprenderam e praticaram ao longo de um período de tempo “, eles não conseguem entender que o esquecimento não tem nada a ver com a desaprendizagem. Os paradigmas são diferentes.
Departamentos de RH precisam se concentrar nas recentes intervenções de neuro-plasticidade do cérebro e ajudar os educados a se educarem com curiosidade, conforto e convicção. Conceitos de neuro-marketing, PNL em vendas e administração, novas construções de resolução de problemas através da colaboração e participação, envolvem a construção de equipes de inteligência social que fomentariam a participação saudável das partes interessadas no desenvolvimento de uma visão compartilhada, atitudes empresariais reposicionadas na cultura do trabalho e modelos de entrega, alguns dos projetos atuais que precisam ser abordados.
A educação nos níveis e funções mais elevadas de trabalho não deve ser considerada como mera aquisição de conhecimentos e competências melhoradas nos sistemas de trabalho, mas como descoberta envolvente na síntese de novos conhecimentos e habilidades nos parâmetros funcionais existentes das organizações em que trabalham. Celebrações de novos condutores de conhecimento e arquitetos de habilidade em uma organização pode atuar como um catalisador para a preparação de um clima certo nessa direção.
Educar os educados exige um planejamento intenso já que o primeiro obstáculo para o mesmo seria a falta de vontade de ser parte de uma comunidade de aprendizagem, pois a maioria deles sempre fantasiou posições de liderança ou tomadas de decisões e, portanto, deve ser tratada a par com uma força de aprendizagem. O pseudo-intelectualismo é mais perigoso do que a ignorância em uma organização em desenvolvimento que faz parte da economia do conhecimento.
Texto original por: Balasubramanian G
Tradução por: Crislayne Santos